terça-feira, 18 de novembro de 2008

Trabalho Regimental das Matérias de Linguagens Midíaticas e História da Comunicação.

Meio de Comunicação = Revista
Apresentação

Nosso trabalho é sobre a Revista Veja, é nós escolhemos essa revista pelo simples fato dela ser a mais importante do País e por estar completando 40 anos agora em 2.008.
O nosso objetivo é mostrar o lado bom da Veja, destacando sua importância na vida do cidadão.

História da Revista no Mundo.


A primeira revista surgiu na Alemanha, em 1663, e possuía um nome tão comprido, que foi difícil ser encaixado na capa: Erbauliche Monaths-Unterredungen, algo como "Edificantes Discussões Mensais".
Foi na Alemanha, que há quase 200 anos antes da publicação pioneira, o artesão Johannes Gutenberg, criou a impressão com tipos móveis, técnica usada até o século XX para imprimir jornais, livros e revistas. Com a
invenção de Gutenberg, panfletos que podiam, por exemplo, trazer relatos sobre uma importante batalha passaram a ser publicados em intervalos cada vez menores, tornando-se
o início das primeiras revistas dignas desse nome, um meio-termo entre os jornais com notícias recentes e os livros.

Além da Erbauliche alemã, outros títulos apareceram aindano século XVII, como a francesa Le Mercure(1672) e a inglesa The Athenian Gazette (1690).Nessa época, as revistas abordavam assuntos específicos e pareciam coletâneas de textos didáticos (livros). No início do século XIX, começaram a ganhar destaque títulos sobre interesses gerais, que tratavam de entretenimento às questões da vida familiar.
História da Revista no Brasil

O meio de comunicação revista surgiu no Brasil no final do século XIX, a partir dos almanaques e da imprensa jornalística e procurava incorporar literatura, notícias, humor, recreação e críticas sociais. É no período de temas familiares que surge a primeira revista feita no Brasil: As Variedades ou Ensaios de Literatura, criada em 1812, em Salvador, com temas que pareciam eruditos. Em 1839, nasceria a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, incentivando discussões culturais, sendo ela a revista mais antiga ainda em circulação no Brasil



Em 1904, surge a Revista Cultura e mais tarde aRevista Ilustrada, com o destaque para o uso de imagens, onde o texto não tinha tamanha importância.
Foi na década de 60 que as revistas brasileiras enfrentaram seu primeiro grande desafio com a Guerra do Paraguai, que teve sua cobertura publicada na Semana Ilustrada, de Henrique Fleuiss. Ao mesmo tempo deste desafio surge um novo gênero: a fotorreportagem. Repórteres de última hora, criam esse gênero,sob a forma de textos curtos que acompanhavam as imagens.



Em 1928 surge a Revista O Cruzeiro que foi a principal Revista ilustrada brasileira do século XX. Começou a ser publicada em 10 de novembro de 1928 pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand. Foi importante na introdução de novos meios gráficos e visuais na imprensa brasileira, citando entre suas inovações o fotojornalismo, nos anos 40 e 50, cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954 a revista atingiu a impressionante tiragem de 720.000 exemplares.

Já em 1952, surge a concorrente Revista Manchete sendo
considerada a segunda maior revista brasileira de sua época.
A Manchete atingiu rápido sucesso e em poucas semanas
chegou a ser a revista semanal de circulação nacional maisvendida do país, destituindo a renomada revista “O Cruzeiro”.
Anos mais tarde, em 1966, surge a Revista Realidade,
lançada pela editora Abril, trazendo consigo um novo padrão
de reportagem para o país. Em sua fórmula, a revista refletia a inquietação cultural e os costumes dos anos de 1960, repercutindo novos padrões de comportamento. Não economizava espaço. Suas reportagens eram fluviais,
exaustivas, e os textos, elaborados com esmero literário.
Realidade fez capas notáveis. Encarou temas melindrosos
como a maconha, o clero de esquerda, o racismo e o movimento estudantil que crepitava as ruas.
Ao mesmo tempo impulsionada e influenciada pelas manifestações políticas e de contracultura do fim da década de 60, a revista também sofreu com a repressão da ditadura militar que na época se consolidava no Brasil.
Logo após essa época várias revistas especializadas começaram a surgir, nasce também um novo gênero: a reportagem de serviço:
As revistas passaram a ser mais direcionados como a Quatro Rodas dedicada ao leitor interessado em veículos, a Placar dedicada ao esporte, Claudia e Marie Claire direcionadas ao público feminino, dentre outras.


Porém, a reportagem consagrou-se mesmo nas revistas de informação. Por exemplo, a Revista Veja, que apresentou ao leitor coberturas exclusivas e mudou a história da imprensa brasileira, com parte de sua trajetória retratada pela reprodução de capas marcantes.



História da Editora Abril

Fundado em 1950 por Victor Civita como Editora Abril, o Grupo Abril é hoje um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América Latina. Ao longo de sua história expandiu e diversificou suas operações, e hoje fornece conteúdo de qualidade em multiplataformas. A Editora começou com a publicação O Pato Donald num pequeno escritório no centro de São Paulo. Ao todo, tinha meia dúzia de funcionários. Victor Civita chamou a empresa de Abril porque na Europa esse mês dá início à primavera. "A árvore é a representação da fertilidade, a própria imagem da vida. O verde é a cor da esperança e do otimismo."



No fim da década de 1950, a Abril começou sua grande transformação. Nos anos seguintes, atrairia os profissionais mais talentosos do país e investiria em treinamento e tecnologia, inaugurando uma cultura jornalística brasileira em texto, fotografia, edição e produção.
Em 1960, num empreendimento inovador e ousado, Victor Civita resolveu publicar obras de referência em fascículos. Foi um fenômeno editorial. O conhecimento antes restrito às bibliotecas e livrarias chegava às bancas. Ao mesmo tempo, o crescimento da família Disney e o lançamento de Zé Carioca, em 1961, estimularam os quadrinhos nacionais. Recreio, lançada em 1969, levou mais adiante a proposta de educar divertindo com suas histórias e atividades. Circulou por 12 anos e em 2000 foi relançada com uma proposta editorial atualizada. Atualmente a Editora Abril publica mais de 30 títulos infanto-juvenis e cerca de 20 edições especiais infantis por ano.



Funcionárias da Divisão de Fascículos embalam Os Cientistas, em 1972.

A Abril esteve presente nas principais transformações da sociedade brasileira. O crescimento do turismo e da indústria automobilística, por exemplo, fez nascer Quatro Rodas, Guias Quatros Rodas e Viagem e Turismo. Futebol e sexo ganharam revistas sobre o assunto com Placar, Playboy, Vip e Mens Health.
E a Revista Veja, hoje a maior revista do país e a terceira maior revista semanal de informação do mundo, foi responsável por algumas das melhores reportagens publicadas na imprensa nacional.
Para continuar na liderança, a Abril diversificou sua atuação. Investiu em televisão e internet. Colocou no ar a TVA, TV digital, internet em banda larga e Voip e a MTV, com programação de qualidade dirigida ao jovem. Na internet, a primeira iniciativa foi o BOL, Brasil On-Line, lançado em 1996 e logo incorporado ao UOL. Em 1999 foi lançado o Ajato, provedor de internet em banda-larga. Hoje a Abril possui mais de 70 sites e todos podem ser acessados por intermédio do PortalAbril,http://www.abril.com.br/ . A educação, cada vez mais importante na era do conhecimento, é também uma das áreas de negócio da Abril. Com a aquisição em 1999 de parte das Editoras Ática e Scipione e em 2004 da totalidade das ações, lidera o mercado brasileiro de livros escolares com 25% de participação do mercado.


A Abril continua em plena transformação e, com o habitual pioneirismo, anunciou a sociedade com o grupo de mídia sul-africano Naspers, em maio de 2006, que passou a deter 30% do capital do Grupo, incluindo a compra dos 13,8% que pertenciam aos fundos de investimento administrados pela Capital International, desde julho de 2004.
A liderança que exerce no mercado e os impressionantes números comprovam que o sonho de Victor Civita era um grande negócio. Hoje a Abril publica mais de 300 títulos, que chegam a 22 milhões de leitores. A Gráfica utiliza processos digitais e imprime cerca 350 milhões de revistas por ano. Com todos os seus sites, atinge cerca de 100 milhões de page views e 8 milhões de visitantes únicos todos os meses e os jovens espectadores da MTV passam de 9 milhões ao mês. As editoras Ática e Scipione produziram mais de 4.000 títulos e vendem 37 milhões de livros por ano.
Palavras de Roberto Civita – Presidente da Editora Abril.

Ter 58 anos hoje, no momento em que o mundo muda segundo a segundo, é para a Abril uma grande vantagem. Os princípios que orientaram a construção da empresa e seu caminho até aqui continuam sendo a nossa base, e deles não abriremos mão nunca. Ética, integridade, compromisso com o país e compromisso com o leitor, mesmo que ele não seja mais apenas leitor fazem parte da cultura que sustenta um grupo de comunicação preocupado em produzir publicações, programas, informação e serviços da mais alta qualidade, sempre.
Nossa missão é contribuir para a espiral ascendente. Vamos criar, reunir, organizar, empacotar e entregar informação e entretenimento de qualidade. Não importa se impresso, se no computador, se em celulares, se na televisão ou em pílulas. Quem está no ramo de comunicações tem que pensar, simultaneamente, em como vai tornar a leitura acessível para seus milhões de leitores (e mais aqueles que ainda não chegaram lá) e, do outro lado, como tornar disponível o seu conteúdo, o conhecimento, em outras plataformas.
Começamos com quadrinhos e fotonovelas, depois, revistas de todos os tipos, enciclopédias em fascículos, livros escolares, vídeos, livros ilustrados, programas de TV, sites e portais, e todo tipo de música. Mas o objetivo é sempre o mesmo: produzir conteúdo útil, fascinante, de bom gosto, inteligente e confiável. Hoje o desafio para quem produz conteúdo é fantástico.
São fantásticas também as oportunidades, como há 58 anos. Acoplado à Internet, o mercado de revistas vai crescer muito na medida em que o Brasil se desenvolve, o número de revistas per capita ainda é muito pequeno. A educação no país começou finalmente a caminhar na direção certa, e as oportunidades nesta área se multiplicam. Como se multiplicam também na área de entretenimento.
Para fazer tudo isso é preciso continuar atraindo, desenvolvendo e motivando os melhores talentos. Vamos continuar investindo nisto, conscientes de que não há forma melhor de manter a qualidade e liderança, ao mesmo tempo em que continuamos contribuindo para melhorar a qualidade de vida de nossos públicos e do país que tanto amamos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

História da Revista Veja

O Início


Em 1968 a Editora Abril percebeu que havia oportunidade para uma revista que oferecesse reflexão, aprofundamento e síntese a um leitor que já não tinha tempo para digerir toda a informação que recebia.
Surgia a revista Veja com a expressão complementar e leia que vinha acima do título, em letras bastante pequenas como “forma encontrada pela editora para contornar o registro internacional da revista americana look, tendo sido suprimida em 1975”, quando look deixou de circular.
Temia se que o título fosse dar a impressão de que se tratava de mais uma revista semanal ilustrada, mais Victor Civita, fundador da editora e então o seu presidente gostou do nome e ponderou que no Brasil as pessoas usavam muito a expressão: Veja só...,Veja, se fizermos dessa forma”.
Para o lançamento de Veja, mil e oitocentos candidatos de todo o país apresentaram-se para as cem vagas de um curso de jornalismo de três meses de duração.
Um departamento de documentação nos moldes dos que funcionavam nas revistas semanais americanas, o Dedoc, foi criado para apoiar o trabalho dos jornalistas.
Sob a direção de Mino Carta, uma redação de mais de cem jornalistas preparou
treze edições experimentais antes do lançamento que foi chamado de Projeto Falcão, os zeros da revista Veja.



No dia 11 de Setembro de 1968 chegou às bancas o número 1 com 700 mil exemplares
e com a expectativa de vender, a partir dali, uma média de 500 mil por semana..
A partir do segundo número, o projeto se revelou um fracasso. Hoje a maior revista da editora, do país e da América Latina, Veja provocou no início uma hemorragia financeira que chegou a ameaçar a sobrevivência da empresa.
Acostumado a revistas como O Cruzeiro e Manchete, feitas à base de fotografia, cor e generalidades, o público rejeitou o formato severo de Veja e, com o passar do tempo, a expressão "fechar a revista" adquiriu seu pior sentido.
Aos poucos a redação foi encontrando maneiras de transformar a indiferença em interesse, mas a empresa percebeu que não havia mais tempo para esperar a lenta ascensão da vendagem em banca. Roberto Civita, então diretor editorial, que propôs lançar a revista, percebeu que a solução poderia vir da implantação de um sistema de assinaturas. Não existia no Brasil nada semelhante ao que ele vira na revista americana Time, onde estagiou por um ano. Seria preciso começar do zero. Ele acreditava que a combinação de uma grande revista com um sistema de entrega rápido e residencial não podia dar errado.
A confirmação do acerto veio um ano depois, quando as assinaturas chegaram a 50 mil. Hoje são mais de 1 milhão, 80% da vendagem de Veja.
A censura complicou ainda mais a implantação de uma revista que pretendia se diferenciar pelo conteúdo e impôs à redação um inferno cotidiano. Em certos períodos, a direção recebia a lista de
assuntos proibidos; em outros, eles eram comunicados por telefone. Na pior fase, entre 1975 e 1976, tudo o que era publicado na revista tinha de ser aprovado por um censor.


Quando a censura acabou, em junho de 1976, a qualidade da revista melhorou imediatamente.

Estrutura da Revista
A revista aborda temas a respeito do cotidiano da sociedade brasileira e, por vezes, mundial, como política, economia, cultura, comportamento e guerras. Seus textos são elaborados em sua maior parte por jornalistas, porém, nem todas as seções são assinadas. Trata também temas como religião até temas como tecnologia com certa regularidade. A Veja publica todas as semanas dois suplementos regionais: Veja São Paulo e Veja Rio. Periodicamente faz edições especiais e edições regionais, como Veja Belém, Veja Belo Horizonte, Veja Brasília, Veja Porto Alegre.


Pesquisa - Relacionamento c/ Leitor

Opinião dos Leitores:
96% acham imprescindíveis (bastante/muito importante) ler VEJA;
Lêem a revista em 3 dias e em 2h44m em média;
Costumam guardar a revista por 12 meses, em média.

A imagem de Veja comparada aos meios Revistas em Geral, TV, Jornal e Internet:
73% dos leitores reconhecem que os temas em Veja são tratados de forma séria;
65% dizem sentir-se mais inteligente ao ler Veja.

A contribuição de VEJA comparada com Revistas em geral, TV, Telejornais e Programas de atualidades:84% afirma que VEJA ajuda a formar opinião;
82% dos leitores disseram que VEJA possibilita ganhar conhecimento para opinar com outras pessoas;
72% dos leitores diz que VEJA dá idéias úteis e práticas.
Fonte: Pesquisa Research International com leitores 2007

Atualmente
Veja é a 3ª Revista Semanal de informação no Mundo, ficando apenas atrás da Time e da Newsweek.

A única publicação no mundo que tem fechamento editorial na madrugada de sábado. Do total de assinantes, 90% recebem a revista no domingo, por meio da entrega direta.
O Dedoc é o maior banco de dados da América Latina, com um arquivo de 8 milhões de imagens.
· Pelo 7 ° ano consecutivo, considerada o veículo mais admirado do Brasil, no setor de revistas, pelo mercado publicitário.
· Pelo 4 ° ano consecutivo, considerada o melhor veículo do Brasil, na categoria revista de assuntos gerais
· Está entre as marcas mais lembradas do mercado, ao lado de Omo, Coca-Cola e Visa, sendo a Top of Mind no segmento revista.
Fontes: Meio & Mensagem
Revista Propaganda

ABA/ Top Brands
Veja Online

Entrou no ar em 1997 um piloto que iria reinventar o perfil dos leitores de Veja, a edição de uma das maiores revistas impressas no mundo, na versão online.
No início, funcionava como depósito de arquivos semanais. Quase tudo que era impresso ia parar lá. Depois de alguns anos de experimento, no ano de 2000, o site começou a publicar notícias exclusivas que só se via na Veja Online. A equipe era a mesma, e o trabalho dobrou, o site não podia desatualizar, já era hábito de alguns leitores acessarem a Veja Online com freqüência. Por esses longos 3 anos que se passaram, a Veja não usava nenhum meio para divulgar o site. Só em fevereiro de 2000 foi a primeira vez que a veja impressa publicou uma nota mencionando sua versão digital. O pequeno Box reservado à isso anunciava: “Direto de Veja Online”. E, trazia apenas algumas opiniões de internautas que debatiam os assuntos publicados no site por meio dos fóruns.
Hoje em dia, as notícias semanais passaram a ser diárias, a partir de 2002, as matérias impressas ganharam um conteúdo extra na versão online, que instigava o leitor a procurar mais detalhes no site.

Veja impressa X Veja online


A revista impressa chama o leitor para a versão online e a online convida à aquisição da impressa. São dois mundos ligados e soltos ao mesmo tempo.
Porém, nenhuma das versões apaga a outra. O leitor de Veja Online, não é concorrente da revista impressa. Como já foi dito, o impresso leva o leitor ao site da revista para buscar outras informações.
Os assinantes tem o conteúdo inteiro à disposição no site, e os que não assinam Veja, só ficam por fora das 2 últimas edições da revista.E todo esse esforço dos colunistas deferentes de Veja online e Veja impressa, toda a dedicação faz com que veja online seja um dos sites com maior informação e acessibilidade no país.
Publicidade da Revista Veja
O slogan indispensável surgiu em 28 de janeiro de 1998, na edição 1531. Esse slogan apareceu fazendo parte de um selo comemorativo de 30 anos da revista veja. E agora ele começa também a aparecer ligado ao logotipo, podendo ter variações de cores conforme a cor da capa, dentro ou não de um retângulo. É importante ressaltar que a fonte da palavra Veja é ÚNICA, ela foi desenhada especificamente para a revista Veja.



Campanhas Publicitárias
Revista Veja completou 40 anos esse ano, e para a comemoração a Editora Abril fez um investimentos de R$ 25 milhões. Foi criada uma campanha institucional que foi chamada ““ Veja. Indispensável para o País que queremos”.




'Veja entende os dois lados, as ilustrações que formam Bush, Bin Laden e Saddam Hussein são formadas por duas palavras, termos antagônicos que se relacionam às ações ou ideologias das personalidades desenhadas.









“Veja. Não é curriculum, mais é vitae.”, a campanha foi lançada na edição especial de aniversário, quando veja completava 30 anos, passando para o leitor que o saber e o poder doados por Veja são imprescindível e insubstituíveis para conseguir o desejado emprego.









“Veja os Olhos do Brasil”, Também publicada na Edição Especial de 30 anos, que ao relembrar os vários momentos, reforça e valoriza a sua própria imagem, seu papel de testemunha, mediadora, organizadora e interprete da história que apresenta ao público.






Matérias
Houve grandes matérias que foram marcantes para a historia da veja. Algumas delas foram:


Torturas: Em sua segunda capa, Veja publicou uma reportagem de capa que desvendava os bastidores da morte de um jovem estudante que se uniu a vanguarda armada revolucionária. Foi capturado no RJ por agentes da repressão, e apareceu morto em um hospital militar. Veja revelou seu atestado de óbito que dizia que ele havia sido espancado até a morte. Essa foi a primeira prova de um assassinato cometido nos porões do regime militar.


Caso Claudia Lessin Rodrigues: A morte de Claudia Chocou o país em julho de 1977, o corpo da moça foi encontrado próximo a praia do Leblon. Ela havia sido atirada dos penhascos da avenida Niemeyer, dentro de um saco plástico cheio de pedras. Foi apontado como suspeito o milionário Michel Frank, que negava a ligação com o crime. Veja revelou que na noite em que morreu, ela participava de uma orgia com cocaína na casa de Frank. O rapaz confessou o crime para um médico que foi entrevistado por Veja, que viu a moça morrer de overdose e descontrolado, tentou sumir com o corpo, jogando-a no mar.



Adeus a uma estrela: em 82 a cantora Elis Regina morreu vítima de um explosivo coquetel de uísque com cocaína. Muitos jornais tiveram acesso ao laudo necrológico, mais diante da comoção nacional muitos se calaram á respeito. Veja tomou outro caminho e descreveu de forma clara a causa da morte da cantora.


O Poeta e a Aids: Poucas capas de VEJA despertaram reações tão viscerais quanto a luta de cazuza contra a aids. O cantor deixou ser fotografado desfigurado pela doença. A chamada principal chocou pela sua crueza “uma vítima de aids agoniza em praça publica”, mais ajudou o país a se conscientizar e falar sem rodeios sobre esse assunto.


O impeachment de Fernando Collor: No início dos anos 90 VEJA publicou uma entrevista espantosa de Pedro Collor, irmão do então presidente. Pedro confirmou a revista que Paulo César Farias, o PC havia montado uma grande rede de corrupção com conhecimento do presidente. Segundo Pedro PC tomava dinheiro de empresários interessados em negociar com o governo, ficaria com 30% do arrecadado e repassava o resto ao presidente.Logo nas semanas seguintes, várias provas do envolvimento do presidente com a corrupção surgiram e a maior parte delas foram publicadas com exclusividade pela Veja.


A morte de Ayrton Senna: Na 7ª volta do grande prêmio de 94 Senna perdeu o controle de sua Williams.
Coube a Veja revelar em 95 as causas da maior tragédia da história do esporte brasileiro. A coluna do remendada dia antes se rompeu no meio da manobra. Senna chocou-se violentamente contra um muro de proteção, a 216 KM por hr.


Pegamos o juiz ladrão: Em 2005, Veja mostrou que juiz de futebol não era uma invenção de torcedores frustrados, Edilson Pereira de Carvalho, árbitro credenciado pela Fifa, a entidade máxima do futebol, foi flagrado em conversas telefônicas nas quais se dispunha a alterar resultados de jogos do Campeonato Brasileiro de 2005 em troca de dinheiro. O pior é que ele não era apenas um falastrão: cumpria o prometido. Muitos dos jogos apitados por Edilson foram decididos em lances polêmicos, com participação direta do árbitro. Com a revelação de VEJA, Edilson foi afastado para sempre dos gramados. O presidente da comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, Armando Marques, ficou com cara de tacho, sem saber como se explicar. A solução foi anular todas as partidas apitadas pelo juiz ladrão e obrigar os times a disputar os jogos novamente.
Edições extraordinárias
Houve seis ocasiões em que VEJA não pôde esperar pelo fim de semana seguinte para levar aos leitores os acontecimentos que marcavam a história do país. Essas edições extraordinárias são: "Ernesto Geisel, o futuro presidente" (1973), "A morte de JK" (1976), "Caiu!" (o impeachment de Fernando Collor, em 1992), "Ayrton Senna" (a morte, em 1994), "É tetra!" (1994), "É penta!" (2002).
Visita Técnica
Foi bem complicado conseguir essa visita. Mandamos diversos e-mails para o Sac da abril, telefonamos e nada, a resposta era que os jornalistas estavam ocupados com novos projetos e as visitas suspensas por tempo indeterminado. Até começamos a mandar e - mails aos colunistas da Veja e acabamos por conseguir o contato do secretário da redação, que nos ajudou marcando para o dia 24 de Julho de 2.008 a visita.



Então fomos até o edifício da Editora Abril, conhecer a redação e conversar com o Júlio César de Barros. Fizemos algumas perguntas pra ele:




Grupo Veja Bem: Quanto tempo você trabalha na Editora Abril?
Júlio César: Trabalhos há 28 Anos, começando no Dedoc, depois passando a Editor da Veja, Editor chefe até secretário da Redação.
Grupo Veja Bem: O que você acha do seu trabalho?
Júlio César: Adoro meu trabalho, e o melhor lugar para se trabalhar.
Grupo Veja Bem: Tem algo que marcou em sua carreira?
Júlio César: Teve sim, foi a entrevista de Pedro Collor para Veja, porque no dia da entrevista eu fiquei responsável em despistar a imprensa, que estava à espera de Pedro Collor, fingi ser a pessoa na qual encontraria com ele e o levaria até a Redação da Veja. Enquanto isso um Office Boy que ninguém conhecia, estava no fundo do aeroporto, era quem realmente encontraria com Pedro, quando a imprensa se deu conta de que era um plano da Veja, ele já estava chegando na Redação da Revista.
Grupo Veja Bem: Fala um pouco sobre essa polêmica de que a Veja é contra o Governo do Lula e ao favor ao Governo do FHC.
Júlio César: A Veja não é contra o governo lula, nem a favor do FHC, ela apenas conta os fatos e sem favorecer o governo, como outras revistas fazem porque precisam do apoio e da verba do governo. E na época do Governo do FHC falavam que a Veja “pagava no pé” do FHC.
Grupo Veja Bem: Como são verificadas as fontes de informação?
Julio César: É visto qual é a intenção da fonte, se é para favorecer ou desfavorecer alguém, mais se é verdade são publicadas independente da intenção.
Veja 40 Anos
No dia 11 de Setembro de 1968, a Veja completou 40 anos, trazendo uma Edição Especial de Aniversário. A proposta da Veja para essa edição, é que fosse um livro, contando os fatos mais importantes ocorridos desde 1.968, ano do nascimento da Revista, a 2.008. Por exemplo, temos fatos como em 1969 – a chegada do homem à lua até 2.008 – com o avanço tecnológico.
Ela é especial, não só pelo fato de ser uma edição de aniversário, e sim por ser especial para as pessoas que viveram, as pessoas que estão estudam esses fatos (como nós) e para as pessoas que ainda os estudarão.
Ela é completa, deve ser lida, relida e guardada.


Seminário “O Brasil que Queremos Ser”.
Esse seminário aconteceu no dia 02 de setembro de 2.008 (mês que a veja completou 40 anos), dezenove especialistas debateram. Além disso, quatro influentes lideranças políticas nacionais – o deputado Ciro Gomes, os governadores Aécio Neves e José Serra e a ministra Dilma Rousseff – apresentaram sua visão do que significa governar para as próximas gerações. O vice-presidente da República, José Alencar, discursou. Na platéia, cerca de 500 convidados acompanharam os debates. Entre eles, Garibaldi Alves, presidente do Senado, cinco ministros de estado, cinco governadores, líderes das maiores empresas brasileiras, publicitários e acadêmicos. Esse debate deu origem a 40 propostas, que se dividiu em seis painéis: Educação, Meio Ambiente, Economia, Imprensa, Democracia Raça e Pobreza e Megacidades
As Propostas não pretendem ser uma receita final de país, mas o começo de uma discussão racional, superpartidária e realista a respeito dos entraves que ainda impedem o Brasil de atingir seu potencial pleno de progresso.
Nos próximos meses, Veja levará os painéis com os temas e as conclusões do seminário para debate em diversas faculdades brasileiras. A revista ira conferir periodicamente, por meio de reportagem e entrevistas, o grau de aceitação de cada uma das 40 propostas, submetendo – se a um teste de realidade, avaliando sua viabilidade e progresso – e, quem sabe, dando como efetivamente implantadas algumas delas. Se isso ocorrer, o dia do seminário “O Brasil que Queremos Ser” terá sido, além de especial, histórico.

Educação
1 – Choque de meritocracia na educação. Mérito é premiar com promoção e aumento de salário os professores que formam mais alunos capazes de atingir boa colocação em disputas acadêmicas internacionais. O conceito é desconhecido no Brasil. Aqui quase sempre o professor recebe aumento de salário por tempo de serviço. Na ausência de outros fatores e só com a aplicação de um choque de meritocracia, o desempenho dos alunos brasileiros em matemática ficaria entre os 43 melhores do mundo, ombreando com o de Israel e Itália, e não, como é agora, em 53º lugar, ao lado do Quirguistão
2 – Convencer os pais de que eles são parte da escola.
Pais educam. Escolas ensinam. Esse provérbio caducou. As pesquisas mostram que, além de um bom professor, nada melhora mais o desempenho escolar do que o envolvimento dos pais no processo educacional. É uma guerra cultural que pode ser vencida com as armas certas: a internet (os pais podem até acompanhar algumas aulas) e os cursos para pais.
3 – Ampliar a rede de ensino técnico superior.
O ensino de geografia, ciências sociais e outras áreas de humanas conta pouco. O fator decisivo para o progresso material está no ensino da matemática, das engenharias e da física aplicada. Apenas 8% dos jovens brasileiros se formam em algum curso superior dessas áreas – contra 18% nos países avançados. A saída é popularizar as faculdades técnicas. Nelas, em dois anos, o jovem obtém um diploma de ensino superior e tem lugar garantido no mercado de trabalho. Foi um sucesso na Coréia do Sul, que, assim, colocou um diploma e um emprego nas mãos de 80% dos jovens.
4 – Fomentar a competição entre as universidades. Nenhuma universidade brasileira figura entre as 100 melhores do mundo. Não é surpresa. Elas não têm incentivo para isso. As 100 melhores do mundo lutam para sê-lo para obter financiamento. Aqui, com ou sem desempenho, as verbas públicas chegam religiosamente. Melhorar para quê?
5 – Financiar os melhores pesquisadores. Apenas duas de cada 1 000 patentes registradas no mundo são brasileiras. Falta incentivo. O pesquisador brasileiro que registra patentes ganha, em geral, a mesma verba de quem não registra nenhuma. A tendência mundial é dar mais aos pesquisadores que produzem mais conhecimento original e valioso.
6 – Criar currículos obrigatórios para a educação básica. Um ponto em comum entre os dez países de maior sucesso educacional, social e material do mundo é a existência de um currículo obrigatório na educação básica. Sem um currículo com metas acadêmicas bem definidas, nenhum país progride. Na maior parte do Brasil, não há esse currículo.
7 – Investir na formação dos professores e de quem forma os professores. A cadeia do ensino tradicional tem alunos, professores, diretores e pedagogos. Falta uma categoria: a dos profissionais que ensinam os professores como ensinar. Apenas 20% das disciplinas nas faculdades de pedagogia se dedicam às metodologias de ensino, mostra um estudo da revista Nova Escola/Fundação Carlos Chagas.
8 – Mais pesquisa ambiental no Brasil.
Tanto a Amazônia como as áreas de proteção ambiental no Brasil recebem pouquíssimos pesquisadores. Apesar de ocupar cerca da metade do território nacional e ser o cenário da maior biodiversidade do planeta, a Amazônia concentra apenas 5% dos pesquisadores brasileiros. Significa que há um cientista para cada 4 000 quilômetros quadrados. Apenas 10% das espécies da região estão catalogadas. Só com conhecimento profundo dos biomas brasileiros será possível criar estratégias mais eficazes para a preservação daqueles tesouros naturais.

Ambiente
9 – Dobrar o saneamento básico em dez anos.
Menos de 50% dos domicílios brasileiros são ligados à rede de esgotos. Destes, apenas 35% recebem tratamento. O restante é despejado diretamente em rios, córregos e lagos. O Brasil ainda é africano nessa área. O ministro Carlos Minc estima que tratar 70% dos esgotos até 2018 custaria 12 bilhões de reais por ano. O custo é elevado? Não em vista dos benefícios. Entregar a tarefa à iniciativa privada, por meio de concessões, é uma saída.
10 – Transformar pastos em áreas produtivas.
O avanço da fronteira do boi e da soja derruba oito de cada dez árvores das florestas de clima da Amazônia. Para deter esse avanço é vital ocupar áreas já desmatadas. Cerca de 16 milhões de hectares de áreas de pasto estão abandonados na Amazônia. Com sua recuperação e uso, a produção de grãos pode crescer 30% na região sem exigir a derrubada de uma única árvore. Recuperar custa o dobro do que simplesmente desmatar. Subsidiar a recuperação de áreas degradadas é a abordagem econômica mais racional.
11 - Premiar prefeituras pela preservação ambiental
A degradação ambiental tem maior impacto sobre a qualidade de vida dos habitantes das cidades do que para o morador de um grotão isolado na floresta. Por essa razão, iniciativas locais de preservação são mais impactantes. É exemplar o sucesso do programa ICMS Verde, adotado no Paraná para premiar municípios com desempenho acima da média no tratamento de lixo e na conservação de bacias hidrográficas. A área preservada no estado cresceu doze vezes nos últimos dez anos.
12 - Unificar as leis ambientais
O Brasil tem mais de trinta leis ambientais federais. Combinadas às regras estaduais e municipais essas leis deixam apenas 30% do território livre para a ocupação econômica. Como não temos 70% do território ocupado por paraísos ecológicos, fica óbvio o exagero das restrições. O emaranhado legal provoca insegurança jurídica, dificulta a fiscalização e cria oportunidades para a corrupção. Leis mais simples são, sempre, mais eficientes.
13 - Dar independência financeira aos parques ecológicos
Os 63 parques nacionais ocupam uma área de 24,1 milhões de hectares, o equivalente ao território do estado de São Paulo. Em comum, têm o fato de ser mal administrados – são apenas 348 funcionários para cuidar de todos. Eles falham na missão preservacionista e, quando abertos à visitação, oferecem serviços precários. São como os cofres públicos para os corruptos: uma riqueza a ser apropriada pelo mais esperto. Os Estados Unidos têm oitenta vezes mais visitas pagas em seus parques. É hora de valorizar os nossos, protegê-los e mantê-los com o dinheiro arrecadado dos visitantes.
14 - Criar um plano nacional de zoneamento econômico-ecológico
O governo paga aventureiros para derrubar a floresta amazônica, dando-lhes crédito destinado à atividade agrícola. Isso não se faz por maldade, mas por ignorância sobre quais são as áreas aráveis do território nacional e quais são as preserváveis. Ninguém sabe ao certo onde começa uma e acaba a outra. Muitos debates gastam horas apontando a mesma área no mapa e enxergando nela solos diferentes. O zoneamento agroclimático é ferramenta vital para planejar o desenvolvimento sustentável.
15 - Tornar mais vantajoso manter uma árvore de pé do que cortá-la
Dez milhões de moradores da Amazônia Legal dependem da atividade extrativista ou agropecuária. Para eles, discurso e consciência ecológica não funcionam. Eles precisam de medidas que tornem mais vantajoso preservar do que destruir. O governo da Costa Rica remunera proprietários que conservam as matas nativas em suas terras. Um estudo mostra que, em Mato Grosso, dar 1 000 reais ao ano por hectare preservado seria estímulo suficiente para conter a devastação. É quase de graça.
16 - Investir em fontes renováveis de energia
Nos próximos dez anos o Brasil precisará acrescentar produção equivalente à de três usinas de Itaipu para suprir sua necessidade de energia elétrica. O sol e os ventos abundantes no país podem oferecer parte da solução. O potencial da produção de energia eólica é estimado em dez Itaipus. A incidência solar no Brasil é o dobro da registrada na Alemanha, um dos países que mais investem nessa fonte renovável de energia elétrica.
17 - Não desperdiçar energia
Para cada dólar produzido pela economia, o Brasil precisa de 40% mais de energia do que os Estados Unidos e 70% mais do que a Alemanha. Isso se deve menos ao custo de geração do que ao desperdício. O Brasil perde 16,5% de toda a energia elétrica produzida. É quase uma Itaipu que se joga fora a cada ano. Para tornar mais eficiente o aproveitamento da energia, seria preciso investir em duas frentes: programas de conscientização dos consumidores e a busca de processos industriais e equipamentos mais econômicos.

Economia
18 - Reforma da Previdência já
O custo da Previdência é um dos principais motivos pelos quais o Brasil lidera o ranking mundial de juros reais e tem uma carga tributária de 36% da riqueza produzida pelo país. Ele consome 12% do PIB. Nenhum país emergente consegue crescer de forma acelerada com tamanho peso nas costas. A China e o Chile gastam 3%. A Colômbia, apenas 1%. Se a despesa previdenciária brasileira fosse de 6%, o país economizaria 180 bilhões de reais ao ano. Com esse dinheiro, as pessoas e empresas pagariam 17% a menos de impostos, com melhoria de qualidade de vida para todos
19 - Criar um teto para os gastos públicos
De todos os agentes econômicos, quem gasta pior é justamente aquele que não produz nenhuma riqueza: o governo. No Brasil, os gastos do governo federal crescem, em termos reais, duas vezes mais rápido do que a economia. Dentro de quinze anos os impostos vão equivaler à metade de toda a riqueza que o país produz. É ruinoso? Sim. Reversível? Só por força superior. O aumento real do gasto público brasileiro deveria ser limitado por emenda constitucional ao teto de 1% ao ano.
20 - Um Banco Central independente
Se o Banco Central brasileiro tivesse a independência assegurada por lei, a taxa real de juros cairia imediatamente até 3 pontos porcentuais – de 7% para 4% ao ano. O crescimento do país saltaria dos atuais 5% para 7% ao ano. É preciso outra justificativa?
21 - Aplicar a lei de responsabilidade fiscal ao governo federal
Essa lei revolucionou o controle das contas públicas. Com ela, os estados e municípios foram obrigados a reduzir sua necessidade de financiamento em 20% desde 2001. Imune a ela, a União fez o movimento inverso e aumentou seu déficit em 79% no mesmo período.
22 - Modernizar as leis trabalhistas
Ao lado de Zimbábue e Zâmbia, o Brasil ocupa a 119ª posição no ranking mundial de adequação das leis trabalhistas. Por isso, metade dos brasileiros tem ocupação informal. Uma mudança radical que extirpasse os arcaísmos custosos e corporativistas incentivaria a contratação formal com conseqüências saneadoras na Previdência (mais gente contribuindo), positivas na carga fiscal (mais gente pagando menos) e redentoras para o ambiente de negócios.
23 - Tornar as agências reguladoras menos vulneráveis ao loteamento político
A certeza do cumprimento de contratos é uma das condições definidoras de um país moderno, ao lado do direito de propriedade e do ambiente de negócios. E como garantir que os governos preservem seus contratos? O mecanismo clássico, adotado e aprovado nas melhores economias, são agências reguladoras equipadas e protegidas contra a ingerência política. No Brasil há agências reguladoras, mas elas estão longe de ser imunes às pressões políticas.
24 - Garantir a concorrência na exploração do pré-sal
Desde o século XVI a humanidade sabe que os recursos naturais não levam, necessariamente, ao progresso econômico e social. Isso foi aprendido com sangue no ciclo de exploração da prata e do ouro na América Latina. Foi reafirmado pelos diamantes da África subsaariana e agora o petróleo da Venezuela. É a maneira de explorar esses recursos que produz conhecimento e bem-estar. Só se obtém riqueza efetiva quando os recursos naturais são explorados de forma transparente e competitiva.
25 - Poupar os dólares do petróleo
A humanidade vai um dia encontrar um substituto para esse líquido escuro e pegajoso. Enquanto isso não ocorre, é crucial utilizar as reservas com sabedoria. Se todo o potencial dos depósitos de petróleo na chamada camada pré-sal do litoral brasileiro for confirmado, o Brasil pode vir a se transformar em um grande exportador de petróleo. O que fazer com os dólares obtidos? A opção mais racional é o depósito dos lucros do petróleo em um fundo externo, gastando-se apenas parte dos rendimentos. Isso preservaria a riqueza para as gerações futuras e impediria pressões cambiais e inflacionárias desestabilizadoras.
26 - Privatizar a gestão hospitalar
Hospitais administrados pelo estado são menos eficientes e tratam pior seus pacientes. No estado de São Paulo, a taxa de mortalidade em hospitais geridos diretamente pelo governo é de 5,3 em cada 1 000 pacientes e o custo de cada internação é de 400 reais por dia. Em 25 hospitais terceirizados no mesmo estado, a taxa de mortalidade cai para 3,3 por 1 000 pacientes e o gasto por internação, para 360 reais. Essas e outras estatísticas a favor da privatização da gestão da saúde são absolutamente convincentes.
27 – Privatizar a infra – estrutura
Não fosse pela infra-estrutura caótica, hoje majoritariamente nas mãos do governo, o Brasil poderia contar com 250 bilhões de reais a mais no PIB – um valor equivalente ao PIB do Chile.

Liberdade de Expressão
28 - Acabar com a Lei de Imprensa
A Lei de Imprensa foi aprovada em 1967 – plena ditadura militar. Seu objetivo era intimidar jornalistas e meios de comunicação. Numa democracia, uma lei como essa não faz sentido. Há dispositivos suficientes na Constituição e nos códigos Civil e Penal para coibir abusos nos jornais e revistas. Mas seria recomendável a criação de uma lei sucinta para delimitar o valor das ações de direito de resposta e de dano moral. Isso daria segurança jurídica aos jornalistas e às empresas que mantêm um dos pilares da democracia: a liberdade de informação.

Democracia, raça e pobreza
29 - Profissionalizar a gestão pública
A palavra burocracia nasceu com sentido positivo: um estamento dedicado à organização ágil e racional. Com o tempo a burocracia passou a ser um fim em si mesma. O público que se dane. Em estados brasileiros como São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal, a burocracia começa a retomar seu sentido original. Para isso foram adotados modelos empresariais, como a orientação para resultados, a flexibilidade e a recompensa do mérito. Quando a prática se espalhar e chegar a Brasília, será o caso de comemorar um novo descobrimento do Brasil.
30 - Recriar o federalismo
Com a Constituição de 1988, o governo federal passou a concentrar a receita dos impostos, e com isso usurpou uma parte do poder de estados e municípios para decidir onde investir dinheiro. Reverter esse processo daria ao governo federal o papel de coordenador e aos estados e municípios maior autonomia para atender às necessidades dos cidadãos. Pois o fato é que ninguém vive nesse espaço abstrato chamado "União".
31 - Fiscalizar os programas sociais
Uma pesquisa do iBase com brasileiros no Bolsa Família mostra que 64% dos próprios beneficiários excluiriam todos aqueles que se recusassem a cumprir as poucas exigências do programa – a mais importante delas é manter o filho na escola. O mesmo estudo revela que o governo é leniente e falha ao vigiar o cumprimento das exigências. Dar dinheiro é entregar o peixe. Cobrar a contrapartida é ensinar a pescar.
32 - Inserir os pobres no mercado de trabalho
A melhor coisa que programas assistencialistas podem fazer por um miserável é transformá-lo num trabalhador capaz de prover as próprias necessidades. Dar qualificação profissional a quem nunca a teve, ou criar programas de microcrédito, que transformam excluídos em pequenos empreendedores, é mais que um paliativo. É uma cura real da pobreza.

Megacidades
33 - Eliminar as favelas da paisagem

Nas cidades do país, 12,3 milhões de pessoas vivem em casebres, a maioria deles em situação irregular. Se nada for feito, em 2020 haverá 55 milhões de favelados – praticamente uma Itália – no Brasil. É preciso revogar a negligência e o populismo que permitem o surgimento de favelas. No caso das já existentes, eliminar as que estão em área de risco ou proteção ambiental. Conferir títulos de propriedade é um primeiro passo para a urbanização dessas chagas das grandes cidades.
34 - Superprefeitos para as regiões metropolitanas
Os prefeitos das cidades que fazem parte de uma região metropolitana são como condôminos que jamais se reúnem para discutir os problemas do prédio onde moram. São Paulo é um exemplo dramático. A prefeitura não consegue limpar o Tietê porque Guarulhos não tem rede de esgoto tratado e despeja imundície no rio. Um superprefeito seria como um síndico eficiente. Com perfil técnico, poderia coordenar o uso da água, o saneamento, o destino do lixo, a unificação do transporte entre cidades. Quem escolheria o superprefeito? O governador do estado.
35 - Combater o tráfico de drogas com realismo
O tráfico de drogas é o principal responsável pela criminalidade no Brasil. No Rio de Janeiro, os barões da cocaína controlam 300 das 752 favelas. Não é possível extirpar a droga do cotidiano urbano, mas dá para diminuir as taxas de violência associadas a ela. Para tanto, urge eliminar o caráter territorial do tráfico brasileiro. É pelo controle de áreas geográficas, nas quais também exploram outros serviços tão lucrativos quanto ilegais, que os bandos se digladiam. Há mais cocaína em Nova York do que no Rio, mas lá os traficantes não têm feudos a defender ou tomar. Circulam para vender o seu único produto.
36 - Planejar o crescimento
As cidades médias, com população entre 100 000 e 500 000 habitantes, são as que mais crescem no Brasil. Como resolver um problema urbano custa 100 vezes mais do que preveni-lo, é óbvio o ganho em se planejar a expansão dessas cidades. As prefeituras devem estabelecer regras férreas sobre o que pode ou não ser feito em termos de ocupação do solo, tendo em vista o futuro almejado para seus municípios.
37 - Tirar a majestade do carro
No Primeiro Mundo, progresso é transporte coletivo de qualidade e restrição severa à circulação de carros, por meio de medidas como rodízio e pedágio. O Brasil está na contramão, porque suas cidades continuam a reduzir o espaço para pedestres, a ampliar as vias para automóveis particulares e a tratar o transporte público com descaso. São Paulo, onde já rodam mais de 6,1 milhões de carros, pode parar de vez em 2015.
38 - Organizar o transporte coletivo
O Brasil é o lugar em que eufemismos viram solução de governo. É o caso do chamado transporte alternativo. A palavra correta é "ilegal". No Rio de Janeiro, a bandalha já superou os serviços regulares. Circulam na cidade 7 500 ônibus de empresas formais e 8 000 vans ilegais. Estabelecer um sistema integrado de transporte é a melhor forma de evitar a invasão de perueiros e assemelhados.
39 - Conferir aos ônibus o padrão de metrô
Nos pontos de ônibus londrinos e parisienses há luminosos que informam em quanto tempo chegará o próximo carro de cada linha. A margem de erro é muito pequena, mesmo no horário do rush. É a prova de que o serviço de ônibus pode ser pontual, rápido e guardar intervalos curtos entre as partidas. Para seguirem o exemplo, as cidades brasileiras precisam criar corredores exclusivos.
40 - Não se intimidar com os desafios
Quando se fala em problemas urbanos, surgem cifras que, não raro, paralisam as administrações e os cidadãos. Mas sempre é possível encontrar soluções baratas. Curitiba tornou-se referência de transporte público sem gastos excessivos. Também se deve levar em conta que parte dos custos embute a corrupção. São Paulo e Cidade do México começaram a construir metrô no mesmo período. A primeira conta, hoje, com 60 quilômetros de linhas. A segunda, com 200. O quilômetro escavado paulistano custa 500 milhões de reais. O mexicano, 90 milhões. E olhe que a Cidade do México enfrenta terremotos.
Cronograma

Etapa 1 – Escolha do meio de comunicação: Revista
Etapa 2 – Escolha da Revista: A Veja
Etapa 3 – Divisão do trabalho pelo grupo para elaboração das pesquisas.
Etapa 4 - Construção da parte visual do trabalho: Camisetas, Kit, Mídia Card, Slides, Vídeos e Músicas.
Etapa 5 – Etapa mais difícil que foi concluída com sucesso: A Visita Técnica a Redação da Revista.
Etapa 6 – Inclusão de Materiais doados pela Redação, que ajudou muito na parte final do trabalho.
Etapa 7 – Construção da parte impressa.
Etapa 8 - Conclusões sobre o trabalho.
Etapa 9 – Ensaio Geral.
Etapa 10 – Apresentação.
Conclusão

Carolina de Macedo
No início do trabalho, não tinha muito conhecimento sobre a revista Veja, mas ao longo do tempo pude adquirir muitas informações boas e interessantes sobre a revista e hoje me tornei fã e sem dúvida nenhuma, uma leitora de Veja.

Celina Aniceto Confesso que eu fazia parte dos leitores que eram contra a Veja, que criticava sem ter um conhecimento amplo da revista. Após todos os estudos que desenvolvemos, descobri que o meu “pré-conceito”, me impedia de ter uma ótima fonte de informações.

Mara Carolina
O trabalho da Veja além de produtivo, possibilitou a expansão do meu conhecimento, tanta em relação a Veja, como a história por um todo.
Houve no grupo, problema relacionado a componentes, assim entrei após o início do desenvolvimento do grupo, mas o esforço e a dedicação de todos, fizeram com que o trabalho fosse realizado com perfeição e sucesso, despertando assim todo o orgulho de fazer parte do grupo Veja Bem!!

Mayara Ter o prazer de falar da Veja, a “Veja” que eu já vi nos meus 18 anos é incrível. Rever vários fatos estudados e ganhar 100% a mais de cultura faz com que eu una o útil ao agradável, transformando a obrigação em hobby.

Michel
Desde o começo do ano escutávamos “amigos de classe” da faculdade de um outro grupo comentarem sobre o seminário da revista Veja, após longos meses de esforços para desenvolvê-lo, houve desfalques no grupo, e então por estar interligado ao assunto o grupo optou em me convidar para participar do seminário. Com isso obtive mais conhecimento sobre a editora e a revista.

Stéfanie Satin
Não imaginava que havia tantas pessoas que eram conta a Revista Veja, devido ela ser a revista mais importante do Brasil, mais sei que ninguém consegue agradar a todos, sempre terão os contras e os a Favor.
Com esse trabalho pude ver o quanto a Veja é mesmo importante, e quantas pessoas ela ajudou a entender tudo que acontecia em uma época que foi um tanto confuso para os Brasileiros, pois o País passava por mudanças constantes.
Enfim, essa trabalho foi muito especial, ótimo de ser feito, aprende muito sobre essa Revista que antes eu só sabia que era importante, mais não sabia o porque.


Bibliografia

Sites:
www.vejamidiakit.com.br
www.veja.abril.com.br
www.veja40anos.com.br
www.abril.com.br
http://www.abril.com.br/institucional/50anos
www.fclar.unesp.br/seer
www.youtube.com.br
http://64.233.179.104/scholar?hl=pt-BR&lr=lang_pt&q=cache:7eamCLBYfccJ:www.gel.org.br/4publica-estudos-2005/4publica-estudos-2005-pdfs/veja-impressa-e-on-line-720.pdf%3FSQMSESSID%3Da38ffc79c82bcbe561e1c641326fd16c+Revista+Veja+vers%C3%A3o++online

Revistas:
Edição especial da Revista Veja 40 anos, de agosto 2008.

Visita:
Materiais doados como apostilas sobre a editora e capas das revista.